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Conta de luz pode ficar 10% mais cara se Congresso derrubar outros vetos do marco legal das eólicas

Governos e técnicos se reúnem para discutir a possibilidade de ajustes legislativos que poderiam amenizar os impactos financeiros significativos na conta de luz dos consumidores. A preocupação com a inflação e o aumento do custo anual das energias renováveis motivam o debate no Congresso.

Líderes parlamentares alertaram ao governo sobre a possibilidade de veto do presidente Lula ao marco legal das eólicas offshore ser derrubado na próxima sessão do Congresso em julho.

Técnicos da equipe econômica estimam que, se isso ocorrer, a conta de luz pode aumentar 10%, afetando a inflação. O impacto anual elevaria os custos de R$ 35,06 bilhões para R$ 64 bilhões.

Em 15 anos, o custo total para consumidores de energia poderia alcançar quase R$ 1 trilhão, subindo de R$ 525,9 bilhões para R$ 960 bilhões.

Uma reunião em 24 de outubro discutiu o tema entre Lula e diversos ministros. O governo poderá editar uma Medida Provisória (MP) para tentar reverter vetos, reduzindo custos de R$ 35,06 bilhões para R$ 11 bilhões.

Outra opção inclui um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a constitucionalidade das medidas e seus impactos.

Custos para o consumidor:

  • De R$ 64 bilhões, R$ 36 bilhões são pela derrubada do veto que exige leilões anuais de térmicas a gás.
  • Em 15 anos, este custo pode totalizar R$ 540 bilhões.
  • Prorrogação do Proinfa: custo de R$ 4 bilhões por ano, totalizando R$ 60 bilhões em 15 anos.
  • Obrigatoriedade de pequenas hidrelétricas (PCHs): R$ 12,4 bilhões anuais, R$ 186 bilhões em 15 anos.
  • Impacto com hidrogênio e eólicas no Sul: R$ 1,46 bilhão por ano, R$ 21,9 bilhões em 15 anos.
  • Prorrogação do benefício para carvão mineral: R$ 5 bilhões anuais, R$ 75 bilhões em 15 anos.
  • Aumento do prazo para MMGD: R$ 5 bilhões anuais, R$ 75 bilhões em 15 anos.

Uma nova reunião sobre o assunto está agendada para 25 de abril.

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