Controle de gastos e recomposição fiscal podem ajudar a resolver dívida pública em 5 anos, diz secretário da Fazenda
Dario Durigan destaca a importância de um controle fiscal rigoroso e gradual para enfrentar a dívida pública brasileira. Ele enfatiza que a normalidade institucional e a redução dos juros são fundamentais para alcançar uma melhor situação fiscal em cinco anos.
Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, acredita que o Brasil pode resolver a questão da dívida pública em até cinco anos.
Para isso, ele ressalta a necessidade de controle de gastos, respeito ao arcabouço fiscal e menos quebradeira institucional.
No evento realizado na sede do BNDES, Durigan destacou que a dívida pública é um “tema que incomoda”, mas que deve ser resolvido de forma gradual.
Ele afirmou: “Não é um trabalho que você faça numa canetada. Isso demanda tempo e ajustes no orçamento.”
- Durigan mencionou a importância de fazer superávits e reduzir juros para alcançar a normalidade institucional.
- Ele não abordou diretamente os conflitos entre Poder Executivo e Poder Legislativo.
- Um dos recentes conflitos envolve o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cuja proposta foi derrubada pelo Congresso.
No evento em São Paulo, Durigan reconheceu que a medida do IOF “talvez não tenha sido a melhor saída”.
Sobre a alta da taxa de juros, ele afirmou que torna difícil manter uma saúde fiscal positiva, sendo inviável atingir um resultado primário no atual cenário.
Ele reitera que, independentemente da eleição presidencial de 2026, é possível melhorar a situação da dívida em cinco anos, com um arcabouço fiscal respeitado e controle de gastos.
Conteúdo originalmente publicado no Valor PRO, do Valor Econômico.