COP30 passa de trunfo a obstáculo para Helder ocupar a vice de Lula em 2026

Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), perde força como cotado para vice de Lula em 2026.

A organização da COP30, marcada para novembro, tornou-se um obstáculo devido a problemas logísticos, especialmente na hospedagem.

Juntamente com os ministros Renan Filho e Simone Tebet, Barbalho é visto como uma das opções para a chapa, caso o atual vice, Geraldo Alckmin (PSB), não participe. Ele, no entanto, afirma que planeja concorrer ao Senado.

Durante uma reunião com Lula e lideranças do MDB, a possibilidade de Alckmin disputar o governo de São Paulo foi discutida. Lula sugeriu que o vice ideal teria um perfil similar ao de José Alencar.

O MDB enfrenta resistência em uma nova aliança com Lula, principalmente no Sul e Sudeste, e a maioria do partido acredita que um emedebista deve ocupar a vice. Contudo, o PSB defende que Alckmin permaneça no cargo.

A COP30, inicialmente vista como uma vitrine para Barbalho, é agora considerada uma pressão, com desafios de infraestrutura a menos de 100 dias do evento. Um inquérito contra o deputado Antônio Doido, aliado da família Barbalho, também contribui para a dificuldade.

Aliados afirmam que Helder deseja focar na COP30 e apoiar sua vice, Hana Ghassan, na candidatura ao governo.

Renan Filho, outro potencial candidato à vice, planeja sair do cargo de ministro em abril e pode concorrer ao governo de Alagoas. Sua indicação a vice pode afetar a disputa estadual.

Simone Tebet também é cotada, embora não se veja como favorita. Interlocutores dizem que sua candidatura poderia ganhar força, especialmente se uma mulher for a adversária de Lula.

Eduardo Braga, líder do MDB no Senado, afirma que um alinhamento com Lula não é automático e deve ser construído. Isnaldo Bulhões, líder do MDB na Câmara, diz que a definição depende de pesquisas eleitorais e da necessidade política para a chapa.