Copom crava Selic em 15% e juros mais altos por tempo ‘bastante prolongado’; veja recados
Com a elevação da Selic, o Banco Central reforça seu compromisso em combater a inflação e aos desafios trazidos pela instabilidade econômica global. O cenário exige cautela, com a possibilidade de ajustes futuros dependendo do comportamento da economia.
Banco Central aumenta Selic para 15% ao ano
O Copom elevou a taxa básica de juros para 15% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. Havia incertezas no mercado sobre a decisão que, além do aumento, trouxe comunicados críticos sobre a política de juros no Brasil.
Principais recados do Banco Central:
- Preocupação com expectativas de inflação acima de 3%;
- Instabilidade na economia global, especialmente por conta de Donald Trump e suas políticas;
- Crescimento do PIB e do mercado de trabalho pode pressionar preços;
- Reconhecimento de taxas altas, suficiente para desacelerar a economia;
- Encerramento do ciclo de alta de juros, com novas mudanças somente se o cenário piorar.
Cenário Externo:
O ambiente global é incerto por conta da política econômica dos EUA e tensões geopolíticas. O Federal Reserve manterá as taxas entre 4,25% e 4,50% ao ano, destacando a volatilidade do mercado e incertezas econômicas.
Análise do Cenário Nacional:
Apesar da alta na Selic, a economia brasileira continua aquecida. O PIB cresceu 1,4% e a taxa de desemprego foi de 6,6%, o menor desde 2002. A inflação brasileira está em 5,32%, ainda acima do desejado.
Riscos e Expectativas:
- Riscos de alta na inflação incluem uma desancoragem das expectativas e evolução desfavorável dos preços de serviços;
- Riscos de baixa incluem uma desaceleração econômica mais acentuada e queda nos preços das commodities.
O Banco Central indicou que interromperá a elevação da Selic para avaliar o impacto nas condições econômicas. A vigilância sobre a política monetária permanece alta, com flexibilidade para ajustes futuros.
📈 Expectativa das economistas: O uso da expressão "bastante prolongado" sugere uma importância em manter a taxa de juros elevada e desestimular cortes antecipados. Analistas preveem uma interrupção dos cortes em 2025, com possíveis reduções em 2026.
O presidente do Banco Central reafirmou a importância da responsabilidade com a inflação, deixando claro que novas decisões serão tomadas de acordo com a evolução da economia.