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Copom deve elevar Selic ao maior nível de juros registrado em quase 20 anos

Copom deve elevar a Selic para 14,75% ao ano, com expectativas mistas sobre o fim do ciclo de alta. A decisão ocorre em um momento de incertezas econômicas e pressões inflacionárias em meio à guerra comercial dos EUA.

Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual para 14,75% ao ano nesta quarta-feira (7).

31 das 32 instituições financeiras consultadas pela Bloomberg esperam essa alta. Os termos “incerteza”, “cautela” e “flexibilidade” foram usados pelos membros do Copom, indicando um cenário de expectativa.

Divergências sobre o fim do ciclo de alta: alguns esperam aumento residual em junho, enquanto outros acreditam que a elevação de hoje será a última.

Expectativas de inflação, câmbio e dados globais estão sendo consideradas, especialmente as decisões do Federal Reserve dos EUA, que deve manter a taxa inalterada entre 4,25% e 4,50%%.

O boletim Focus aponta que em 2025, a Selic deve ficar em 14,75%, uma leve queda nas projeções após 16 semanas.

Alexandre Schwartsman, economista, projeta alta de 0,5 ponto, mas não descarta 0,25 ponto. Para junho, espera o fim do ciclo com Selic em 15%.

O IPCA-15 é de 5,49% ao ano, influenciado por alimentos e saúde. A taxa de desemprego é de 7%, o menor número desde 2012.

O tarifaço de Trump levou instituições como o Santander a revisarem projeções, prevendo fim do ciclo de alta nesta quarta.

Marco Antonio Caruso, do Santander, vê potencial desinflacionário no Brasil e alta no dólar, que deve cair de R$ 5,80 para R$ 5,70.

Caruso sugere um “guidance light” do BC, inspirando-se no comunicado de agosto de 2022, que sinalizava vigilância e possíveis ajustes futuros.

Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, acredita que o Copom deve aumentar 0,5 ponto nesta quarta e outro de 0,25 em junho, elevando a Selic a 15%. Ela prevê cortes de juros em dezembro, caso a política fiscal se mantenha comprometida.

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