Copom deve elevar Selic, mas “inflexão” está próxima e JPMorgan recomenda 9 ações
JPMorgan lista empresas com alta alavancagem como oportunidades para investidores em meio a possíveis cortes na taxa Selic. Analistas destacam que, apesar de valorização recente, há espaço para crescimento adicional em setores estratégicos.
JPMorgan eleva recomendação para o Brasil: de neutro para compra, destacando a proximidade de um ponto de inflexão no ciclo de aperto monetário.
Projeções para a Selic: aumento esperado de 100 pontos-base na reunião do Copom (19/10), indo para 14,25%. Seguido de aumentos de 50 pontos-base em maio e junho, totalizando 15,25%. Contudo, o banco considera a possibilidade de aperto menor devido à desaceleração econômica.
Expectativa de investidores: Aumento da exposição a empresas que poderão se beneficiar de juros mais baixos, apesar da desaceleração econômica. Resultados do 4º trimestre de empresas de consumo foram negativos.
Setores recomendados: Utilities e fintechs como boas opções. Desafio em encontrar alternativas fora desses setores, devido à desaceleração no consumo.
Recomendação do banco: Foco em empresas alavancadas, com 9 selecionadas que possuem Dívida Líquida/Ebitda superior a 2,0 e Ebitda/despesa financeira inferior a 2,0. As empresas são:
- Serena Energia (SRNA3)
- Neoenergia (NEOE3)
- Dexco (DXCO3)
- Vamos (VAMO3)
- Equatorial (EQTL3)
- JSL (JSLG3)
- Simpar (SIMH3)
- Hapvida (HAPV3)
- Ser Educacional (SEER3)
Destaques de desempenho: Serena Energia subiu 42% e Equatorial 23% no ano, com potenciais de valorização de 36% e 30%, respectivamente.
Bradesco BBI: Também prevê um ciclo de cortes se aproximando, destacando que o setor financeiro sofre com taxas baixas, enquanto o imobiliário se beneficia.
Impactos esperados: Empresas com maior endividamento, como Energisa (ENGI11), CSN (CSNA3) e Magazine Luiza (MGLU3), devem ver resultados positivos com a queda nas taxas de juros.