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Copom deve subir juro para 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas

Copom se prepara para mais uma elevação dos juros, que deve atingir o maior nível desde 2006. A medida visa controlar a inflação e refletir sobre a desaceleração da economia brasileira.

Banco Central do Brasil se reúne na quarta-feira (7) e deve aumentar a taxa Selic de 14,25% para 14,75% ao ano, uma elevação de 0,5 ponto percentual.

A alta é esperada pela maioria dos economistas e, se confirmada, será a sexta elevação consecutiva, atingindo o maior patamar desde julho de 2006 (15,25% ao ano).

O Banco Central busca a desaceleração econômica para combater a pressão inflacionária. O presidente Gabriel Galípolo destacou que sinais de desaceleração ainda são inicias e que a vigilância sobre os preços é essencial.

Motivos da alta da inflação incluem:

  • Resiliência do nível de atividade;
  • Mercado de trabalho aquecido;
  • Alta de gastos públicos.

A taxa Selic é o principal instrumento do BC contra a inflação, com impacto esperado de seis a 18 meses na economia.

Projeções indicam uma inflação oficial de 5,53% em 2025, descumprindo a meta central de 3%.

Com juros mais altos, os efeitos na economia incluem:

  • Reflexo nos juros bancários: taxa média chegou a 44% para operações bancárias.
  • Crescimento da economia: expectativa de impacto negativo no PIB, emprego e renda.
  • Piora das contas públicas: aumento nas despesas com juros da dívida pública, que somaram R$ 948 bilhões.
  • Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa podem se tornar mais atrativos.
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