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Copom deve subir Selic nesta semana sem dar pistas sobre próximos passos, diante de incerteza global

Copom deve evitar novas sinalizações sobre os juros em meio à incerteza externa. Economistas preveem alta de 0,5 ponto na Selic, mantendo o foco na avaliação do cenário econômico global.

Copom não deve renovar forward guidance na decisão de hoje, 7, devido à crescente incerteza no cenário externo, especialmente após tarifas anunciadas pelos EUA.

A Selic já foi aumentada em 3,75 pontos percentuais desde setembro, com uma nova alta esperada de 0,5 ponto, para 14,75%.

Diretores do Banco Central indicam que a incerteza torna o forward guidance infrutífero neste momento. Gabriel Galípolo, presidente da autarquia, enfatizou a necessidade de flexibilidade na política monetária.

O consenso é de que o Copom manterá o balanço de riscos assimétrico para cima, prevendo que o IPCA ficará acima das projeções. Alterações nesse equilíbrio poderiam indicar menor disposição para novas altas.

Expectativas de queda nas projeções de inflação para 2025 (5,1%) e 2026 (3,7%) estão em alta, com o dólar em R$ 5,70 e preços de commodities recuando.

Analistas ressaltam que as tarifas dos EUA podem ter efeitos desinflacionários no Brasil, com queda nos preços de bens industriais e um possível influxo de produtos chineses.

Dalton Gardimam, da Ágora Investimentos, destaca a importância de observar os efeitos do aperto monetário e as variáveis em jogo, como a depreciação do dólar e a queda nos preços do petróleo.

Thais Zara, da LCA 4Intelligence, prevê uma alta de 0,5 ponto na Selic, mas com decisões futuras em aberto, dependendo da evolução do cenário.

Serrano, do Banco BMG, acredita que é mais provável o encerramento do ciclo de aumento com a Selic em 14,75%, observando a evolução do cenário global.

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