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Copom: economistas e gestores se dividem sobre o que vem após reunião de quarta

Banco Central anuncia aumento na Selic, refletindo cautela diante da inflação. Expectativas apontam para ajustes menores nas próximas reuniões, com foco na análise de dados econômicos.

Banco Central elevará a Selic para 14,25% ao ano nesta quarta-feira (19), o maior nível desde agosto de 2016.

Essa decisão cumpre o guidance de três altas de 1 ponto percentual definido na reunião de dezembro.

Analistas indicam que, para os próximos encontros, a autoridade monetária deve sinalizar altas de menor magnitude ou avaliar dados futuros.

Todos os 26 economistas consultados pela Bloomberg esperam que o Copom siga com o guidance.

As atenções se voltam para o comunicado, que deve manter um tom cauteloso sem alterar o balanço de riscos para a inflação.

Mario Mesquita, do Itaú, acredita que haverá pelo menos um novo ajuste em maio, mesmo que menor. Cassiana Fernandez, do JPMorgan, vê o Copom mais “lacônico” e mais dependente de dados futuros.

Com a desaceleração da atividade econômica e a queda do dólar, os contratos de juros futuros indicam uma elevação de 0,50 ponto percentual em maio e um último aumento de 0,25 p.p. em junho, levando a Selic para 15%.

Diogo Guillen, do Banco Central, mencionou uma possível moderação do crescimento, enquanto Gabriel Galípolo afirmou que o BC busca juros em um patamar restritivo.

Essa será a quinta elevação seguida de juros no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentando queda nas taxas de aprovação devido ao aumento dos preços dos alimentos.

Apesar do aperto monetário, as expectativas inflacionárias permanecem acima da meta de inflação de 3% ao ano, com projeção de 5,66% para o IPCA deste ano.

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