Copom eleva Selic para 14,25% ao ano, maior patamar desde a crise do governo Dilma
A decisão unânime do Copom reflete a preocupação com a inflação persistente e o crescimento econômico inesperado. A expectativa é de novas elevações na taxa de juros e um cenário desafiador para consumo e investimentos.
Copom do Banco Central aumenta a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 13,25% para 14,25% ao ano.
A decisão, unânime, visa conter a inflação e é a maior desde outubro de 2016.
Esse aumento é o quinto consecutivo, sendo a terceira elevação seguida de 1 ponto percentual.
Justificativas:
- Inflação persistente.
- Crescimento do PIB de 3,4% no ano passado.
- Mercado de trabalho aquecido.
- Altos gastos públicos.
- Incertezas internacionais, especialmente a guerra comercial dos EUA.
O Banco Central indicou que novas elevações podem ocorrer em resposta ao cenário atual.
Expectativas do mercado já previam esse aumento, com projeção de IPCA em 4,48% para 2026, próximo ao teto da meta.
Com a Selic mais alta, crédito bancário tende a encarecer, impactando o consumo e investimento, mas podendo atrair capital estrangeiro.
Essa foi a segunda reunião do Copom sob Gabriel Galípolo, indicado por Lula, com sete dos nove membros nomeados pelo governo atual.
A próxima reunião do Copom será nos dias 6 e 7 de maio.