Copom indica que chance de nova alta da Selic é baixa; mercado segue dividido sobre início de cortes
Copom surpreende com alta da Selic, mas sinaliza que novos aumentos são improváveis. Economistas analisam o impacto da decisão e a perspectiva de um futuro ciclo de cortes.
Copom aumenta a Selic em 0,25 ponto percentual para 15% ao ano, surpreendendo parte do mercado que esperava manutenção da taxa. Economistas aprovam o tom do Comitê, que sugere baixa probabilidade de novos aumentos.
Andrei Spacov, economista-chefe da Exploritas, afirma que a mensagem principal é a interrupção do ciclo de aperto monetário. Ele acredita que só haverá novo aumento se houver grandes mudanças no cenário econômico.
Flávio Serrano, do banco BMG, classifica como improvável uma nova elevação da Selic, destacando a necessidade de uma deterioração significativa no cenário macroeconômico.
Adauto Lima, da Western Asset Management, observa que a decisão reflete uma comunicação hawkish, ressaltando que qualquer nova alta dependerá de surpresas negativas a partir de agora.
Werther Vervloet, da Ace Capital, nota que o Copom poderia ter apresentado um tom mais otimista sobre a atividade econômica, mas preferiu um recado que sugere fim de ciclo.
Marcela Rocha, da Principal Asset Management, acredita que o BC forneceu munição para o mercado antecipar cortes, mesmo com a intenção de frear a euforia em relação a juros.
Luis Felipe Vital, da Warren Investimentos, destaca que o Copom quer evitar a aparente fraqueza no fim do ciclo, garantindo que as taxas permanecerão elevadas por um tempo considerável.
Vervloet tem uma visão conservadora, prevendo que o ciclo de cortes começará entre o primeiro e segundo trimestre de 2026, dependendo da evolução dos dados econômicos.
As expectativas sobre flexibilização monetária podem ser afetadas pela performance da atividade econômica, de acordo com os economistas.