Copom reduz ritmo e eleva Selic em 0,50 p.p., para 14,75% ao ano
Banco Central ajusta a taxa Selic para 14,75% ao ano, seguindo tendência de aperto monetário. Expectativas de inflação permanecem elevadas, refletindo incertezas no cenário econômico.
Copom eleva a Selic para 14,75%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira aumentar a Selic em 0,50 ponto percentual, alcançando 14,75% anuais.
A decisão foi unânime e se alinha com os ajustes de menor magnitude já antecipados em março, após quatro altas consecutivas de 1 ponto percentual. O Copom destaca que a assimetria altista no balanço de riscos para a inflação continua.
Frente à incerteza e à necessidade de convergência da inflação, o Copom prevê um ajuste menor na próxima reunião, conforme o cenário esperado. Fatores como a atividade econômica e a política monetária influenciam esta decisão.
A situação externa requer cautela, com os bancos centrais globais focados na convergência das taxas de inflação. No cenário doméstico, a dinâmica da atividade econômica se mantém, mas sinais de moderação no crescimento são evidentes.
Expectativas de inflação aumentaram para 5,7% (2025) e 4,5% (2026), e a projeção do Copom para o terceiro trimestre de 2026 está em 3,9%.
Os riscos para a inflação incluem:
- Desancoragem das expectativas de inflação
- Resiliência na inflação de serviços
- Impacto inflacionário maior devido a políticas econômicas
Riscos de baixa incluem desceleração acentuada da atividade econômica e um cenário menos inflacionário para países emergentes.
A decisão do Copom visa não apenas garantir a estabilidade de preços, mas também suavizar flutuações na atividade econômica e promover o pleno emprego.
Votaram a favor: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.