Copom sobe Selic a 14,25% e antevê aperto de menor magnitude em maio
Copom eleva Selic para 14,25% ao ano, o maior patamar em quase sete anos. Decisão alinha-se com a estratégia de controle da inflação e sinaliza possíveis ajustes menores no futuro.
Copom aumenta Selic para 14,25%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, em unanimidade, elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, atingindo 14,25% ao ano, o maior nível desde outubro de 2016.
Esta é a terceira alta consecutiva dessa magnitude e a quinta desde o início do ciclo de aumento. O Copom sinalizou um ajuste menor na próxima reunião, prevista para maio.
Segundo o comunicado, o cenário adverso da inflação e a incerteza econômica justificam a decisão. Praticamente 97,5% dos investidores esperavam esse aumento. A taxa Selic mais elevada influencia a demanda e a inflação.
Com a Selic alta, a renda fixa torna-se mais atrativa, impactando negativamente a renda variável e o fluxo de dólares para o Brasil.
Expectativas para 2026 começarão a influenciar decisões do Copom. O Federal Reserve dos EUA, por sua vez, manteve suas taxas entre 4,25% e 4,5% ao ano.
No cenário brasileiro, a queda do dólar favoreceu a contenção da inflação, com o IPCA de fevereiro subindo em 1,31%. O Copom está atento à evolução da economia interna e as pressões no mercado de trabalho.
A meta de inflação é 3%, com tolerância de 1,5 ponto, porém o IPCA está acima do teto esperado.
Com esse cenário, fica claro que o Copom está monitorando a dinâmica inflacionária e os impactos de políticas econômicas internas e externas.