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Copom sobe Selic em 0,25 ponto, a 15% ao ano, e antecipa fim do ciclo de altas nos juros

Banco Central eleva a Selic para 15% ao ano, o maior nível desde 2006. O Copom sinaliza que o ciclo de alta pode estar se aproximando do fim, para avaliar os impactos das medidas já adotadas.

Copom eleva Selic para 15% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, atingindo 15% ao ano, o nível mais alto desde junho de 2006.

No comunicado, o BC sinaliza que, se o cenário se confirmar, pode haver uma interrupção no ciclo de aumentos da Selic para avaliar os impactos das decisões anteriores.

Este é o sétimo aumento consecutivo na taxa, após três aumentos de 1 ponto e um de 0,50 ponto em maio. O mercado já esperava esse aperto de 0,25 ponto.

Conforme dados, 64,8% dos investidores previam a nova alta da taxa, enquanto 34% apostavam na manutenção em 14,75%.

O aumento da Selic impacta o custo de empréstimos e financiamentos, atuando como ferramenta para controlar a demanda e, por consequência, a inflação.

No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed) dos EUA decidiu manter suas taxas entre 4,25% e 4,5%, a quarta manutenção consecutiva.

Enquanto isso, o risco fiscal no Brasil aumentou, envolvendo controvérsias em torno do crescimento da carga tributária. O cenário global melhora com a possível trégua nas tensões comerciais entre EUA e China.

Entretanto, a guerra entre Israel e Irã eleva os preços do petróleo, o que pode criar novas pressões inflacionárias.

As expectativas de inflação para 2025 caíram de 5,53% para 5,25%, mas ainda estão acima da meta de 3% do BC.

Os riscos para a inflação permanecem elevados, e o Copom reafirma seu compromisso com a estabilidade dos preços, indicando que se necessário, poderá continuar a aumentar a Selic para controlar a inflação.

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