Copom vê 'alguma melhora' no cenário externo, mas visão preponderante ainda é de volatilidade
O Copom alerta para um cenário internacional incerto e seu impacto na economia brasileira, destacando a necessidade de cautela na política monetária. A ata também menciona uma dinâmica positiva no mercado de trabalho, mas aponta uma desaceleração no crescimento dos rendimentos e no crédito.
Copom do Banco Central divulga ata com análises sobre cenário econômico
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que o cenário internacional apresenta incertezas, apesar de alguns sinais de melhora. Desenvolvimentos como a reversão parcial das tarifas foram mencionados, porém a volatilidade global persiste.
A ata destaca que o choque de incerteza é relevante, com preocupações sobre a trajetória fiscal nos Estados Unidos e conflitos geopolíticos, que impactam o mercado de petróleo. Isso já provoca mudanças nas decisões de investimento e consumo no Brasil.
O Copom observa que condições financeiras globais serão cruciais em um ambiente com incertezas amplificadas e destaca mudanças nas correlações de ativos. O comitê reafirma o compromisso com as metas de inflação como fundamental para o processo desinflacionário.
O Copom analisou dados recentes que mostram um mercado de trabalho dinâmico e a geração de empregos formais, mesmo com uma desaceleração nos rendimentos. A inflação interna e o impacto das decisões de política monetária estão em foco.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o Copom reportou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2024, impulsionado por setores menos sensíveis ao ciclo econômico, como a agropecuária. O consumo das famílias também apresenta recuperação.
O comitê observou que o crescimento está moderando gradualmente, com indicadores de comércio e serviços sugerindo um ritmo mais lento. As expectativas indicam que os efeitos da alta de juros se aprofundarão nos próximos trimestres.
A ata ainda menciona uma inflexão no mercado de crédito, com aumento das taxas de juros e menor apetite ao risco. As concessões de crédito livre estão em recuo, enquanto o crédito direcionado permanece mais resiliente. O comprometimento da renda familiar com dívidas está aumentando.