Coreia do Sul amplia proteção trabalhista com novas regras sindicais
Nova legislação visa fortalecer direitos dos trabalhadores terceirizados, mas gera preocupações sobre impacto na competitividade das empresas. Aprovada com apoio do governo, a medida altera a dinâmica nas relações trabalhistas na Coreia do Sul.
Parlamento da Coreia do Sul aprova novas regras sindicais para proteger trabalhadores terceirizados, ignorando preocupações empresariais sobre competitividade e relações trabalhistas.
Desde a posse do presidente Lee Jae Myung em junho, o Partido Democrático busca reformar a lei trabalhista para oferecer mais apoio aos trabalhadores, revertendo a postura da administração anterior.
Lee, que apoia o projeto, deve sancioná-lo, mesmo enquanto viaja para cúpulas no Japão e EUA.
A Lei de Ajuste das Relações Trabalhistas e Sindicais permite que sindicatos de terceirizados reivindiquem diretamente empresas clientes e limita a busca de indenizações por greves, além de ampliar a responsabilidade dos executivos nas negociações coletivas.
Os parlamentares chamaram o projeto de “Lei do Envelope Amarelo”, em alusão aos envelopes usados para enviar dinheiro a trabalhadores sindicais durante greves.
A votação ocorreu na manhã de domingo (24), após atrasos da oposição conservadora que criticou a medida como prejudicial aos negócios na quarta maior economia da Ásia.
Grupos empresariais expressam preocupação de que isso possa afetar o ambiente de investimentos na Coreia do Sul. James Kim, da Câmara de Comércio Americana, alertou que a legislação pode influenciar investimentos de empresas americanas.
Uma pesquisa recente indica que 76% dos entrevistados acredita que a alteração das leis tende a agravar conflitos entre trabalhadores e empresas.