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Coreia do Sul busca perdoar Japão 80 anos depois, sem esquecer passado colonial

Coreia do Sul celebra 80 anos de libertação e reflete sobre a relação com seu passado colonial japonês. Apesar da busca por uma parceria futura, questões históricas ainda geram desafios nas relações entre os dois países.

Coreia do Sul celebra 80 anos de libertação do domínio japonês, que durou de 1910 a 1945. Durante esse período, os coreanos foram tratados como cidadãos de segunda classe e tiveram sua cultura reprimida.

Atualmente, Seul busca equilibrar a memória dos movimentos independentistas com a segurança geopolítica, formando alianças com Japão e EUA frente à ameaça da Coreia do Norte. Pesquisas indicam que a imagem positiva dos sul-coreanos em relação ao Japão aumentou, alcançando 63,3% em 2025.

Porém, dilemas persistem. Embora 75,3% apoiem o pacto de segurança trilateral, a questão das indenizações e desculpas formais sobre o passado ainda gera descontentamento. Em 2024, 42% dos sul-coreanos acreditam que uma parceria futura é inviável sem resolver essas questões históricas.

O ex-presidente Yoon Suk Yeol enfrentou dificuldades ao lidar com a cura histórica, especialmente sobre as "mulheres de conforto", que reclama compensações. Enquanto a percepção sobre o Japão está melhorando, as disputas por justiça histórica ainda impactam as relações.

A postura japonesa, que varia ao longo das administrações, também provoca tensões. Recentemente, ninguém esperava uma declaração do premiê Shigeru Ishiba sobre o tema.

Em 2021, a resolução de questões históricas era prioridade para 40,7% dos sul-coreanos, mas caiu para 31,5% em 2025. Agora, a ênfase está na promoção de parcerias econômicas e tecnológicas.

O novo presidente Lee Jae Myung adota uma abordagem mais pragmática, fazendo um chamado à reflexão sobre o passado sem ignorá-lo, para garantir um futuro melhor para a Coreia do Sul.

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