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Corinthians pode pagar R$ 30 mi por aditivos da gestão Augusto Melo

Corinthians pode ser penalizado em R$ 29,6 milhões por aditivos controversos. A nova gestão descobriu modificações contratuais que favorecem a RF Segurança, comprometendo a saúde financeira do clube.

Corinthians enfrenta multas rescisórias de R$ 29,6 milhões devido a aditivos contratuais firmados pelo ex-presidente Augusto Melo com a RF Segurança e Serviços.

Os documentos, assinados em 8 de maio de 2025, alteraram cláusulas de rescisão sem aprovação do departamento jurídico. A atual gestão, liderada por Osmar Stabile, descobriu essas mudanças após o afastamento de Melo, em 26 de maio.

Os aditivos ampliaram a duração dos contratos até 2030 e aumentaram os custos mensais dos serviços de segurança e limpeza. O contrato original prevê uma multa rescisória de apenas uma mensalidade, enquanto os novos termos exigem o pagamento total remanescente.

  • Contratos originais: Segurança e limpeza até 31 de dezembro de 2026, sem multa definida para a Neo Química Arena.
  • Aditivos: Extensão para 31 de dezembro de 2030, com multa proporcional ao valor total do contrato.
  • Valores mensais aumentados: Limpeza de R$ 292.031,48 para R$ 315.393,99; Segurança de R$ 165.240,00 para R$ 178.459,20.

Em 4 de junho, a administração notificou a RF sobre o rompimento do contrato, mas recebeu uma contranotificação exigindo pagamentos conforme os novos termos.

Na época, o jurídico já havia barrado a proposta de aditivos, considerada lesiva. Leonardo Pantaleão, assessor jurídico do clube, classifica a situação como um "ataque direto ao patrimônio do clube". Augusto Melo defende que não há problemas em manter o contrato vigente.

A RF argumenta que os aditivos visam o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. O Corinthians instaurou um procedimento interno para apuração e revisão contratual, abrangendo todas as irregularidades.

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