Corregedor da Câmara deve individualizar casos do motim e enviar processo ao Conselho de Ética

Deputado Diego Coronel, corregedor da Câmara, pretende individualizar condutas e delimitar responsabilidades dos 14 parlamentares envolvidos no bloqueio bolsonarista à Mesa Diretora. O parecer da Corregedoria deve ser apresentado em 45 dias.

Coronel indicou que o processo será enviado ao Conselho de Ética, com expectativa de duração de três a quatro meses. O colegiado avaliará as ações dos parlamentares durante o motim para definir penas.

Alguns deputados podem receber apenas uma censura escrita, como advertência, considerado um leve reprimenda. Já Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS) estão sob risco de punição mais severa, sendo os últimos a liberar o espaço para o presidente da Câmara, Hugo Motta.

Líderes destacam que, apesar da tendência do Conselho em arquivar processos, o motim foi um “ataque à Câmara” e não pode passar impune. A deputada Talíria Petrone (Psol) enfatizou que é um desdobramento do 8 de Janeiro, e isso não pode se repetir.

Marcos Pollon expressou temor de ser um “bode expiatório” e questionou sua relevância política. Coronel garantiu que a Corregedoria assegurará direito de defesa aos parlamentares e conduzirá os processos com agilidade e respeito.