HOME FEEDBACK

Corregedoria do CNJ cria teto de R$ 46,3 mil para penduricalhos de juízes

Corregedoria do CNJ cria teto para penduricalhos de magistrados, mas permite pagamentos que estouram limite constitucional. Medida pode influenciar tribunais, embora não tenha caráter impositivo.

Corregedoria do CNJ define limite para penduricalhos dos magistrados em R$ 46,3 mil mensais, correspondente ao teto do funcionalismo público.

Em uma nova medida, a Corregedoria permite um estouro de 100% do limite constitucional, criando um teto exclusivo de R$ 92,6 mil para juízes e desembargadores.

É a primeira vez que o CNJ estabelece um limite para os extras que engordam os contracheques da magistratura, onde alguns tribunais ultrapassam R$ 200 mil mensais.

A decisão não é impositiva, mas tribunais podem ser punidos se ignorarem. O CNJ não impõe efeitos vinculantes, mas incentiva a adoção do limite em todas as cortes.

Magistrados ainda recebem auxílios e vantagens eventuais que não entram no cálculo do teto, resultando em salários de até R$ 678 mil.

A medida foi definida pelo ministro Mauro Campbell, que ressaltou que pagamentos não podem exceder o teto mensal de R$ 46.336,19. O adicional por tempo de serviço foi restabelecido, mas não integra o teto.

Críticos, como o advogado Guilherme Stumpf, alertam sobre a legalização do que chamam de “extrateto”, argumentando que mudanças devem ser discutidas abertamente.

A proposta de corte de gastos do presidente Lula também visa acabar com salários acima do teto, gerando reações nos tribunais. O ministro Flávio Dino, do STF, considera a concessão de benefícios fora do teto como “inaceitável”.

Nota do CNJ: Decisões seguem o Regimento Interno, podendo ser impugnadas e servindo apenas como inspiração para outras cortes.

Leia mais em infomoney