Correios registram prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre
Correios enfrentam grave crise financeira e registram prejuízo recorde. Irregularidades contábeis e problemas operacionais agravam situação da estatal.
Correios enfrentam grave crise financeira, registrando um prejuízo de R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre de 2023. Esse valor é mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 801 milhões.
A empresa estatal lida com concorrência crescente, atrasos em pagamentos e escassez de insumos essenciais.
O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades contábeis que podem agravar a situação. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) suspendeu voos dos Correios, relacionados ao transporte de produtos perigosos, e a empresa está em negociações para evitar a interrupção dos serviços.
Os Correios afirmaram estar comprometidos com a legislação vigente e que a crise é resultado de “práticas herdadas de gestões anteriores”.
Funcionários expressam preocupações com os atrasos nas contribuições ao fundo de previdência Postalis. Apesar de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), a falta de carteiros afeta a qualidade do serviço.
A empresa está adotando medidas para reduzir custos e manter suas operações, mas apenas 15% das agências estão com superávit. Parte da crise é atribuída a uma nova tributação sobre compras internacionais, complicando a recuperação financeira.