Corrida ilegal do ouro atrai PCC e Comando Vermelho e se espalha pelo mundo
O aumento vertiginoso dos preços do ouro atrai gangues de crime organizado para a mineração ilícita na África e na Amazônia. A atividade não apenas gera lucros bilionários, mas também agrava conflitos, destruição ambiental e violações dos direitos indígenas.
Crescimento da mineração ilícita de ouro traz desafios globais e locais.
Em Stilfontein, cidade sul-africana, gangues armadas têm afligido os moradores, em busca de lucros em uma economia subterrânea. Criminosos lutam pelo controle nas minas desativadas, criando um cenário de "miniguerra".
O valor do ouro disparou: triplicou na última década e aumentou 25% em 2023. Isso atraiu grupos de crime organizado da África Subsaariana e além, potencializando a mineração ilícita.
- A ONU estima que a mineração ilegal de ouro vale bilhões de dólares anualmente.
- Em 2022, 435 toneladas de ouro foram contrabandeadas da África, estimadas em US$ 31 bilhões.
- No Peru, mais de 40% do ouro exportado foi considerado ilegal.
Narcogarimpeiros estão crescendo na Amazônia, onde grupos de crime organizado como o PCC e CV fornecem armas e segurança. O garimpo afeta a vida dos povos indígenas, poluindo rios e ameaçando a fauna local.
Em regiões como Buritica, na Colômbia, gangues têm invadido operações ilegítimas e até legítimas, resultando em conflitos letais.
Ouro ilegal contamina o mercado global, sendo lavado em centros como os Emirados Árabes Unidos e a Suíça, que se tornam pontos de comercialização.
O governo brasileiro, sob Lula, lançou operações para erradicar a mineração ilegal, resultando em uma queda significativa nas exportações de ouro, mas a fiscalização ainda enfrenta desafios devido a financiamento limitado e à corrupção.
Ativistas indígenas pedem reconhecimento da devastação e afirmam que ações governamentais não têm sido suficientes para conter o avanço do crime organizado na Amazônia.