HOME FEEDBACK

Corrida por exploração de terras raras acelera no Brasil, em meio a interesse dos Estados Unidos

Brasil se posiciona como player estratégico na exploração de terras raras, atraindo investimentos significativos de mineradoras internacionais. Com vastas reservas de argilas iônicas, o país busca fortalecer sua cadeia de produção e desafiar o domínio chinês no setor.

A corrida por minérios de terras raras no Brasil acelerou nos últimos três anos, especialmente após o interesse do presidente americano Donald Trump em competir com a China neste setor.

O Brasil, com a segunda maior reserva mundial de minérios de terras raras, atrai mineradoras de países como Canadá, Austrália e EUA. A exploração se concentra em áreas de argilas iônicas em diversos estados, com destaque para Minas Gerais e Goiás.

A reunião do embaixador dos EUA, Gabriel Escobar, com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) sublinhou o interesse americano no setor. Em 2023, quase 2 mil concessões para pesquisa foram emitidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

A China ainda domina a produção global de minerais de terras raras, respondendo por 57% da produção e 85% do refino. No entanto, investimentos em cerca de 20 projetos brasileiros podem mudar este cenário.

Entre as mineradoras em destaque, a Meteoric Resources detém concessões significativas em Minas Gerais, planejando um investimento de US$ 440 milhões para produzir 13,6 mil toneladas de concentrado de óxidos anualmente.

O Brasil pode se tornar uma plataforma de produção mundial de terras raras, com a necessidade de uma política governamental que incentive a mineração e a separação. A demanda global por ímãs permanentes de terras raras está crescendo a uma taxa de 8,6% ao ano.

Com confirmação de contratos de fornecimento com empresas canadenses, a Meteoric já mostra potencial significativo com o projeto em Caldas, prevendo receitas anuais de até US$ 385 milhões com a plena capacidade de produção em 2030.

A produção mundial de óxidos para 2024 deve atingir 390 mil toneladas, com o Brasil posicionando-se para explorar essas reservas valiosas, especialmente de neodímio, praseodímio, disprósio e térbio, essenciais para a alta tecnologia.

Leia mais em estadao