Corrida por minerais de terras raras esquenta com o acordo entre EUA e Arábia Saudita
Aumento na competição por terras raras ocorre em meio a acordos estratégicos entre potências globais. A parceria entre MP Materials e Maaden destaca a busca por alternativas à dependência chinesa nesse setor vital.
A corrida por acordos de exploração de terras raras se intensificou após o encontro entre Estados Unidos e Arábia Saudita em 13 de março.
Na quarta-feira (14), a MP Materials dos EUA firmou um acordo com a mineradora saudita Maaden para estudar a criação de uma indústria de terras raras na Arábia. Este acordo foi feito durante a visita do presidente Donald Trump ao país árabe, que comprometeu US$ 600 bilhões em investimentos nos EUA.
Paralelamente, a chinesa Shenghe Resources, investidora da MP, anunciou a aquisição da exploradora australiana Peak Rare Earths. A China busca garantir matéria-prima para sua indústria, enquanto outros países tentam estabelecer cadeias de suprimento alternativas.
Terras raras são 17 elementos essenciais em tecnologias modernas, como ímãs para veículos elétricos, turbinas eólicas e sistemas de defesa. A MP opera a Mountain Pass, a única mina de terras raras dos EUA, visando construir uma cadeia de suprimento completa em território americano.
A China domina mais de 90% da produção de ímãs permanentes de terras raras e controla o processamento e refino, usando essa vantagem em meio a tensões comerciais com Washington.