Corte de impostos, verba menor para saúde e gasto maior contra imigrante: o que está no novo pacote de Trump aprovado no Senado
Senado aprova pacote orçamentário que amplifica cortes de impostos e reduz gastos sociais. A proposta, que pode aumentar a dívida nacional em US$ 3,3 trilhões, agora aguarda votação na Câmara dos Deputados.
Senado dos EUA aprova projeto de lei orçamentária de Trump
O Senado dos Estados Unidos aprovou, em votação apertada, um projeto proposto pelo presidente Donald Trump que:
- Reduz impostos;
- Corta programas sociais (saúde e alimentação);
- Retira incentivos à economia verde;
- Aumenta a verba para políticas anti-imigração e gasto militar.
Essa medida adiciona US$ 3,3 trilhões à dívida nacional, conforme o Escritório Orçamentário do Congresso (CBO). O déficit atual é de US$ 36,2 trilhões. Especialistas alertam sobre o aumento da dívida pública e o risco de desequilíbrio fiscal.
Criticos afirmam que a proposta favoreceria os mais ricos e cortaria benefícios sociais essenciais. A estimativa é de redução de US$ 930 bilhões no Medicaid e assistência alimentar.
O megapacote, denominado One Big Beautiful Bill, ainda precisa de aprovação na Câmara dos Deputados. A votação ocorrerá nesta quarta-feira (2).
Principais pontos do projeto:
- Medidas previstas:
- Extensão dos cortes de impostos de 2017;
- Cortes em Medicaid e auxílio à alimentação;
- Aumento de gastos com defesa e políticas anti-imigração;
- Isenção de impostos sobre gorjetas e horas extras;
- Reversão de incentivos para energias renováveis.
- Cortes de impostos de 2017:
Os cortes de impostos de 2017 serão prorrogados, beneficiando principalmente as empresas e contribuintes de alta renda.
- Novos benefícios fiscais:
Serão criados benefícios para quem recebe gorjetas e faz horas extras, além de promessas de isenção de juros em financiamentos de veículos.
- Defesa e políticas anti-imigração:
O projeto destina US$ 175 bilhões para ações anti-imigração e US$ 150 bilhões para defesa.
- Programas de saúde e alimentação:
Redução de fundos para o Medicaid e endurecimento das regras de acesso, exigindo 80 horas de trabalho por mês para adultos sem dependentes.
- Incentivos à energia limpa:
Retirada de incentivos para energia limpa, aumentando as emissões e afetando a competitividade no setor energético.
- Cortes na educação:
Redução de US$ 330 bilhões em empréstimos estudantis ao longo de 10 anos.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, criticou a proposta, afirmando que ela comprometerá a saúde e a alimentação de milhões.