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Corte de verba humanitária ameaça 11,6 mi de refugiados

Cortes severos nas verbas humanitárias do Acnur ameaçam a sobrevivência de milhões de refugiados. A falta de recursos já resultou na suspensão de programas essenciais em diversas áreas, gerando crises de saúde e alimentação.

Acnur alerta sobre cortes em verbas humanitárias, que podem colocar 11,6 milhões de refugiados em risco de perder assistência essencial em 2025.

Em relatório divulgado em 18 de julho de 2025, a agência informou que cortou US$ 1,4 bilhão em programas essenciais devido à falta de recursos, afetando saúde, educação, abrigo, segurança e alimentação.

“Milhões de famílias estão perdendo o apoio de que dependiam para sobreviver”, destaca o documento. A interrupção de transportes em zonas de fronteira, como Sudão do Sul e Chade, deixou milhares presos em locais remotos.

No nível global, a ajuda financeira foi reduzida em 60%. No Níger, muitas famílias vivem em abrigos superlotados, enquanto na Ucrânia, a redução compromete o acesso a aluguel e assistência médica.

  • Sudão do Sul: 75% dos espaços seguros para mulheres foram fechados, afetando 80.000 refugiadas.
  • Líbano: Programa de saúde pode ser encerrado até fim de 2025.
  • Bangladesh: Suspensão de recursos ameaça educação de 230 mil crianças rohingya.

Os cortes também prejudicam programas de reassentamento e retorno voluntário. Em 2023, 1,9 milhão de afegãos retornaram, mas a ajuda é insuficiente para cobrir custos básicos.

Na América Latina, a falta de financiamento interrompe programas de regularização migratória, expondo refugiados à pobreza.

A agência requer US$ 10,6 bilhões para 2025, tendo arrecadado apenas 23% desse montante. O Acnur pede que governos e organizações aumentem suas contribuições financeiras para evitar uma tragédia ainda maior.

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