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Cortes de ajuda externa dos EUA podem provocar mais de 14 milhões de mortes, diz estudo

Corte drástico na ajuda humanitária dos EUA pode resultar em mais de 14 milhões de mortes, principalmente entre crianças. Estudo destaca a importância vital da Usaid para a saúde e sobrevivência em países de renda baixa e média.

Mais de 14 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade correm risco de morte devido ao desmantelamento da ajuda externa dos EUA pelo governo de Donald Trump, segundo pesquisa da revista The Lancet.

Impacto comparável a uma pandemia ou a um conflito armado é projetado para países de renda baixa e média, conforme indicado por Davide Rasella, coautor do estudo.

A pesquisa é divulgada durante a conferência da ONU em Sevilha, que discute ajuda internacional e financiamento do desenvolvimento.

A Usaid fornecia mais de 40% da ajuda humanitária mundial até o retorno de Trump em janeiro. Elon Musk, assessor de Trump, afirmou ter desmantelado a agência, criticando seus programas.

O estudo analisou 133 países, mostrando que o financiamento da Usaid preveniu 91 milhões de mortes entre 2001 e 2021.

Projeções sugerem que cortes de 83% no financiamento podem resultar em mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030, incluindo 700 mil mortes infantis anuais.

Programas da Usaid foram responsáveis por uma diminuição de 15% nas mortes gerais e de 32% nas mortes de crianças menores de cinco anos.

Após o desmantelamento da agência, outros países como Alemanha, Reino Unido e França reduziram seus orçamentos de ajuda externa, potencialmente aumentando as mortes na União Europeia.

Na conferência, líderes mundiais e representantes discutem a necessidade de expandir a ajuda, e Rasella reforça: "agora é hora de expandir, não de retroceder".

Os cidadãos americanos contribuem com 17 centavos por dia para a Usaid, totalizando cerca de US$ 64 por ano. Macinko destaca a eficácia dessa contribuição para salvar vidas.

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