Cortes de Trump atingem bancos de alimentos e colocam em risco de fome americanos de baixa renda
Cortes federais drasticamente afetam a distribuição de alimentos nos bancos de alimentos dos EUA, que já enfrentavam crescente demanda. A suspensão de programas essenciais promete agravar a fome entre os americanos, especialmente em áreas rurais.
Bancos de alimentos nos Estados Unidos enfrentam problemas sérios devido a cortes de US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) no financiamento federal sob o governo Trump.
A fome no país aumentou nos últimos anos, impulsionada pela alta da inflação e pelo fim de programas de ajuda alimentar da pandemia. O governo cortou gastos públicos, afetando especialmente dois programas do USDA.
O cancelamento desses programas resultará em menos frutas, carnes e itens básicos disponíveis, aumentando a vulnerabilidade de quem depende das doações.
Vince Hall, da Feeding America, alertou que o Tefap (Programa de Assistência Alimentar de Emergência) sofreu cortes significativos de US$ 500 milhões (R$ 2,825 bilhões), impactando as entregas.
O porta-voz do USDA garantiu que a compra de alimentos para os bancos de alimentos continua, mas não respondeu sobre os cortes no Tefap.
Chad Morrison, do Mountaineer Food Bank, afirmou que haverá um cancelamento de 40% das entregas de produtos como queijo, ovos e leite para abril.
A demanda por alimentos é maior do que nunca, com 13,5% dos americanos enfrentando dificuldades para se alimentar em 2023, a maior taxa em quase uma década. Nas áreas rurais, a situação é mais crítica, atingindo 15,4%.
Anna Pesek, agricultora de Iowa, expressou preocupação: "É uma sensação realmente devastadora" ao perceber que suas vendas para os bancos de alimentos estão sendo cortadas.