Cortes de verbas dos EUA geram apagão em dados sobre crianças ucranianas sequestradas pela Rússia
Corte de verbas pelo Departamento de Estado compromete investigações sobre sequestros de crianças ucranianas, levantando preocupações sobre a preservação de dados críticos. Legisladores americanos buscam esclarecimentos sobre possível exclusão de informações essenciais para o rastreamento de vítimas.
Departamento de Estado dos EUA suspendeu verbas para rastreamento de crianças ucranianas sequestradas pela Rússia.
Uma carta dos legisladores, planejada para ser enviada ao secretário de Estado, Marco Rubio, revelou que informações importantes podem ter sido deletadas.
A suspensão da ajuda externa foi imposta por um decreto do ex-presidente Donald Trump, em janeiro, que interrompeu quase todos os gastos com assistência ao exterior.
Segundo a carta, essa decisão colocou em risco as pesquisas, incluindo as da Universidade Yale, que revelou que crianças sequestradas estavam sendo sistematicamente adotadas na Rússia.
O laboratório de Yale recebeu parte dos US$ 26 milhões destinados a rastrear crimes de guerra e havia criado um banco de dados para compartilhar informações com a Europol e o Tribunal Penal Internacional.
As pesquisas apontam que 20 mil crianças foram sequestradas pela Rússia, com Yale rastreando 30 mil fora da Ucrânia e documentando detalhadamente 314 crianças sequestradas.
A principal contratante do projeto é a Mitre, que, junto com o Departamento de Estado, não se pronunciou sobre o status do banco de dados.
Embora Trump tenha reestabelecido o compartilhamento de inteligência e ajuda militar à Ucrânia, os pesquisadores de Yale ainda não têm acesso a imagens de satélite essenciais para suas investigações.
Trump, por sua vez, busca um cessar-fogo na Ucrânia e conversou recentemente com Vladimir Putin.