Cortes no financiamento ameaçam a saúde de quase 13 milhões de refugiados, alerta ONU
Corte de recursos ameaça saúde de milhões de refugiados e crianças em todo o mundo, conforme alerta da Acnur. Crise de financiamento pode desencadear surtos de doenças e agravar condições de saúde já precárias.
Acnur alerta crise de financiamento humanitário até 2025
Estima-se que 12,8 milhões de pessoas deslocadas em todo o mundo, incluindo 6,3 milhões de crianças, possam ficar sem intervenções de saúde essenciais, segundo a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
O chefe de Saúde Pública do Acnur, Allen Maina, declarou que a crise de financiamento compromete o acesso a serviços essenciais e aumenta os riscos de:
- Surtos de doenças
- Desnutrição
- Falta de tratamento de condições crônicas
- Problemas de saúde mental
Maina destacou que, sem apoio, refugiados se veem obrigados a pagar do próprio bolso, o que é muitas vezes inviável. Isso pressiona ainda mais clínicas e hospitais locais já sobrecarregados.
Além disso, os cortes no financiamento impactam também:
- Abastecimento de água
- Saneamento
- Gestão de resíduos
Esses fatores elevam os riscos de surtos de doenças infecciosas, como cólera, disenteria, hepatite e malária, com potenciais consequências fatais.
No Bangladesh, cerca de 1 milhão de refugiados Rohingyas enfrentam grave crise de saúde devido ao congelamento de financiamentos. Programas apoiados pelo Acnur podem deixar mais de 40 mil gestantes sem cuidados pré-natais essenciais.
Na Jordânia, 43 mil refugiados correm o risco de perder o acesso à atenção primária à saúde e auxílio para tratamentos médicos, afetando 335 mil mulheres em idade reprodutiva.