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Cosan tem prejuízo de R$ 9,3 bi no 4º trimestre

Cosan registra prejuízo de R$ 9,3 bilhões no quarto trimestre de 2024, em contraste com lucro no mesmo período do ano anterior. Problemas contábeis e impactos financeiros significativos explicam a deterioração dos resultados da companhia.

A Cosan finalizou o quarto trimestre de 2024 com um prejuízo de R$ 9,3 bilhões, comparado ao lucro de R$ 2,36 bilhões no mesmo período de 2023. O balanço auditado foi divulgado nesta segunda-feira (10).

Os principais fatores para o prejuízo foram:

  • Baixa contábil de R$ 4,7 bilhões no investimento na Vale
  • Provisão de R$ 2,9 bilhões referente a um prejuízo fiscal, devido à incerteza na geração futura de lucro tributável

Excluindo esses efeitos, o prejuízo real do trimestre foi de R$ 1,6 bilhão, ainda impactado pela redução dos resultados das controladas Raízen e Compass.

O resultado financeiro também foi negativo, com uma despesa de R$ 2,16 bilhões, em contraste com o resultado positivo de R$ 26 milhões no ano anterior. Isso se deve ao aumento dos custos da dívida e à marcação a mercado negativa de um derivativo.

O EBITDA ficou negativo em R$ 5,16 bilhões, devido à baixa contábil na Vale.

A dívida líquida da Cosan em dezembro era de R$ 64,14 bilhões, um aumento sobre os R$ 59,72 bilhões de setembro.

Em 2024, o prejuízo total foi de R$ 9,4 bilhões, enquanto em 2023 houve lucro de R$ 1,09 bilhão. As perdas foram atribuídas a fatores semelhantes e o impacto de eventos climáticos na Rumo.

A auditoria independente da BDO não encontrou questões materiais negativas no balanço, apresentando um parecer sem ressalvas.

Em 31 de dezembro, a Cosan detinha uma participação direta de 4,15% e 1,43% via derivativos na Vale. A contribuição líquida da Vale no trimestre foi negativa em R$ 5,1 bilhões. Em 16 de janeiro de 2025, a Cosan vendeu sua participação na Vale, correspondente a 4,05% por R$ 9 bilhões, indicando a não recuperabilidade do valor contábil do investimento.

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