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Cotas para pessoas trans na graduação mobilizam USP

USP avalia proporcão de 5% de vagas para pessoas trans nos cursos de graduação. A discussão sobre a implementação gerou mobilização e opiniões divergentes entre alunos e autoridades.

USP estuda cotas para pessoas trans em graduação. Um grupo de trabalho foi criado em 5 de maio e deve apresentar proposta até agosto.

A proposta inicial discute a reserva de 5% das vagas para pessoas trans, com critérios e fiscalização ainda em debate.

Estudantes organizaram um protesto na Cidade Universitária, pedindo a adoção de cotas e outras melhorias. O ato contou com apoio de coletivos trans e movimentos antirracistas.

O Centro Acadêmico XI de Agosto manifestou apoio, afirmando que a exclusão de pessoas trans é um projeto político e que a implementação de cotas é uma medida urgente de justiça social.

A deputada Erika Hilton (Psol-SP) elogiou a iniciativa, comparando-a às cotas raciais, enquanto a vereadora Janaina Paschoal (PP) considerou o debate legítimo, mas questionou a proposta de 5%, sugerindo rediscussão.

O advogado Alberto Zacharias Toron criticou a proposta, argumentando que a opção existencial não deve gerar vantagens de acesso.

Outras universidades, como Unifesp e UFSCar, já adotam políticas afirmativas. A Unifesp, por exemplo, reserva 2% das vagas para pessoas trans.

Políticas de cotas no Brasil começaram nas décadas de 2000 com iniciativas para negros e estudantes de escolas públicas. Desde então, a adesão ao sistema tem crescido, com universidades estaduais, como a USP, adotando essas práticas em 2017.

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