CPI das Bets: Virgínia nega receber comissão sobre perdas de apostadores ou seguidores
Virgínia Fonseca esclarece na CPI que contrato com empresa de apostas não continha cláusula de remuneração sobre perdas de apostadores. A influenciadora ainda defende suas práticas de publicidade e destaca cumprimento das regras do setor.
Virgínia Fonseca depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, nesta terça-feira, 13. A influenciadora negou que seu contrato com a empresa de apostas Esportes da Sorte incluísse uma cláusula de 30% sobre perdas de apostadores.
Segundo Virgínia, o contrato estabelecia um pagamento fixo por 18 meses e 30% caso o lucro da empresa dobrasse. Ela declarou: "Meu contrato não tem nada de anormal." Em janeiro de 2024, uma reportagem mencionou que ela teria recebido R$ 50 milhões em adiantamento e comissão.
Na CPI, Virgínia se disponibilizou a mostrar seu contrato, afirmando que essa cláusula não existe. Atualmente, ela encerrou o contrato com a Esportes da Sorte e assinou um novo com a Blaze, avaliado em R$ 29 milhões anuais.
Sobre a regulamentação do setor, a influenciadora destacou que cumpre todas as regras e deixa claro que o jogo envolve riscos. Além disso, mencionou a proibição de menores de 18 anos e que segue diretrizes do Conar.
Virgínia chegou ao Senado acompanhada do marido, o cantor Zé Felipe. O depoimento ocorreu a partir das 11h25 e segue a investigação sobre possíveis conexões entre plataformas de apostas e crimes financeiros. A influenciadora pode optar por não responder a perguntas que possam incriminá-la, conforme decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes.
A carreira de Virgínia começou em 2016 no YouTube, com vídeos sobre moda e beleza. Nascida nos Estados Unidos, ela se mudou para Portugal antes de retornar ao Brasil, onde ganhou notoriedade. Também é empresária, com uma marca de cosméticos que faturou R$ 114 milhões em novembro de 2023. Em 2024, estreou como apresentadora do programa Sabadou com Virgínia no SBT.