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CPI do INSS mira consignado e irmão de Lula quatro meses após escândalo estourar

A instalação da CPMI do INSS ocorre em um momento de apatia pública em relação ao escândalo de descontos ilegais em aposentadorias. A comissão deve investigar não apenas o caso atual, mas também pautas relacionadas a empréstimos consignados e possíveis vínculos com aliados do governo anterior.

CPMI do INSS será instalada nesta quarta-feira (20).

A comissão surge após escândalo de descontos ilegais em aposentadorias perder espaço no debate público. A investigação se ampliará para empréstimos consignados e pode envolver Frei Chico, irmão do presidente Lula, e o Sindinapi.

Enquanto isso, os reembolsos do governo Lula ajudaram a acalmar a opinião pública em relação ao escândalo. O governo acredita que a CPMI pode ser usada pela oposição para recuperar espaço nas redes sociais.

O foco da CPMI poderá atingir aliados de Bolsonaro, como Rogério Marinho e Onyx Lorenzoni, além de investigações de fraudes que remontam a 2017. Marinho defende que a responsabilidade é do governo atual.

Política e narrativas podem se chocar na CPMI, onde integrantes da oposição buscarão associar Frei Chico ao escândalo. No entanto, aliados de Bolsonaro questionam a gestão de Lula como líder sindical.

O escândalo do INSS causou a queda de Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência, e Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS. A cúpula da CPI planeja apurar com técnicos da CGU e da Polícia Federal.

O senador Omar Aziz será o presidente da CPMI e a senadora Damares Alves deve ser a vice. O relator será o deputado Ricardo Ayres, que apresentará um plano de trabalho até a próxima terça-feira (26).

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