CPI do INSS vai causar mais dano a Lula do que julgamento ao bolsonarismo
Governos e oposição preparam-se para testes decisivos em um cenário de tensões políticas. CPMI do INSS e julgamento de Jair Bolsonaro no STF podem redefinir as narrativas partidárias e suas consequências eleitorais.
Governo Lula e oposição bolsonarista enfrentam desafios críticos
A partir desta e da próxima semana, dois eventos importantes ocorrerão simultaneamente:
- 26 de setembro: Início da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar fraudes no INSS.
- 2 de outubro: Julgamento de Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe de Estado.
A presidência e a relatoria da CPMI foram conquistadas por opositores, enquanto a oposição pretende usar a comissão para criar narrativas negativas sobre o governo.
O objetivo da oposição é:
- Provar a responsabilidade do governo nas fraudes;
- Vincular suspeitos ao PT e, possivelmente, ao presidente Lula.
Uma possibilidade é convocar Frei Chico, irmão de Lula, para depor na CPMI. O deputado Paulo Pimenta tentará evitar essa convocação e proteger o governo de ser o único alvo das investigações.
A CPMI do INSS pode se tornar um instrumento de desgaste da imagem de Lula, semelhante à CPI da Covid-19 que afetou Bolsonaro em 2021.
Enquanto isso, a situação política de Bolsonaro pode não mudar muito, com a condenação no STF fortalecendo a narrativa de perseguição entre seus seguidores.
A imprevisibilidade da CPMI contrasta com o provável resultado do julgamento de Bolsonaro, que deve confirmar sua condenação.