CPMI do INSS ouve defensora pública que denunciou fraudes antes da PF
Defensora pública revela que alertou sobre fraudes nos benefícios, que afetam principalmente aposentados de baixa renda. CPMI investiga a extensão do esquema e a possível omissão de autoridades ao longo de décadas.
A CPMI do INSS ouviu no dia 28 o depoimento de uma defensora pública sobre os descontos ilegais nos benefícios de aposentados.
O esquema resultou em milhares de vítimas e foi alvo da Operação “Sem Descontos”, realizada pela Polícia Federal em abril deste ano.
A defensora destacou que havia alertado sobre a necessidade de reforçar a segurança e ampliar as investigações, mas nada foi feito antes da operação.
Parlamentares ressaltaram que os indícios de fraudes remontam a 1994, atravessando quatro governos federais sem providências.
As irregularidades afetaram principalmente aposentados que recebem um salário mínimo, surpreendidos com descontos indevidos que comprometeram despesas básicas como aluguel, medicamentos e alimentação.
A comissão busca identificar quem se beneficiava do esquema e se houve participação ou omissão de agentes públicos ao longo dos anos.
O caso foi classificado como um grave ataque à dignidade dos aposentados brasileiros, envolvendo valores essenciais para a sobrevivência de milhões de famílias.