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CPMI do INSS pode aprovar convocação de irmão de Lula nesta terça (26)

Primeira reunião da CPMI do INSS agenda convocação de Frei Chico e outros envolvidos nas irregularidades. O foco da investigação é um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios previdenciários.

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS realizará sua primeira reunião na terça-feira (26), onde serão votados os primeiros requerimentos de convocação e pedidos de informação.

Entre os mais de 800 requerimentos registrados, pelo menos oito visam José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ligado ao Sindnapi.

A entidade está no centro das investigações sobre descontos irregulares em benefícios previdenciários. Seis requisições pedem a convocação de Frei Chico, tornando sua presença obrigatória. Um desses pedidos partiu do relator, deputado Alfredo Gaspar.

A CPMI investiga um esquema de R$ 6,3 bilhões em cobranças indevidas de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. Além de Frei Chico, a oposição também mira ex-integrantes do governo. O ex-ministro Carlos Lupi foi alvo de 15 pedidos, incluindo 11 convocações.

Auditores e ministros, como Wolney Queiroz (Previdência) e Ricardo Lewandowski (Justiça), também estão na lista a ser ouvida. Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, é mencionado em ao menos 12 requerimentos.

Na reunião, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana, pautou 35 requerimentos, dos quais 18 são convocações. Estão incluídos ex-ministros da Previdência e representantes de instituições públicas.

A oposição avança enquanto o governo tenta reorganizar sua estratégia, após perder a presidência e a relatoria da CPMI. A prioridade do Planalto é evitar a exposição de Frei Chico como alvo político. A defesa do governo argumentará que as fraudes começaram em gestões passadas e aumentaram durante o governo Jair Bolsonaro.

Coordenando a frente governista, deputado Paulo Pimenta defende que a investigação siga uma ordem cronológica, ressaltando ações da atual gestão, como a interrupção de descontos irregulares e o ressarcimento de R$ 1 bilhão a 1,6 milhão de beneficiários.

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