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Cracolândia sumiu? O que se sabe da dispersão de principal ponto do 'fluxo' em SP

Autoridades comemoram redução do fluxo de usuários na Cracolândia, mas movimentos sociais criticam a estratégia de repressão. Eles afirmam que a situação persiste, com usuários dispersos e direitos violados na região central de São Paulo.

No dia 13/05, a Cracolândia em São Paulo apresentou um cenário inusitado, com a região esvaziada, com menos usuários de drogas. Este fato foi celebrado por autoridades como um avanço nas ações de segurança e assistência social.

O vice-prefeito, Coronel Mello Araújo, parabenizou a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em suas redes sociais, afirmando que estão "vendo resultados na guerra" contra as drogas. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também se manifestou, destacando a prisão de líderes do tráfico e a interrupção da distribuição de entorpecentes na região.

Por outro lado, o prefeito, Ricardo Nunes, expressou surpresa com a situação, afirmando que ainda não se pode afirmar que o problema da Cracolândia está resolvido, mas que a redução do fluxo estava em andamento.

Movimentos como o Craco Resiste criticam a narrativa oficial, afirmando que as pessoas estão sendo dispersadas e tratadas com violência. Marcel Segalla, do Craco Resiste, destacou que os usuários continuam presentes na região, mas enfrentando repressão policial.

A Secretaria de Segurança Pública declarou estar realizando ações conjuntas com a Prefeitura para combater o tráfico e oferecer apoio aos dependentes químicos, mas grupos contestam essa versão, afirmando que a realidade no terreno ainda inclui usuários utilizando drogas nas calçadas.

Além disso, relatos de abusos por parte da polícia e interrupções no tratamento de saúde dos usuários foram mencionados, com preocupações sobre a violação dos direitos dos dependentes.

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