“Crediário digital” cresce e ganha mais espaço entre os consumidores
O "buy now, pay later" ganha espaço no Brasil, superando 50% de aceitação entre os meios de pagamento online. O crescimento é impulsionado pela digitalização e pela busca por opções de crédito mais acessíveis.
O “buy now, pay later” (BNPL), versão digital do crediário, cresce no comércio brasileiro desde 2022. O Brasil viveu um embate em 2023 sobre a reestruturação do cartão de crédito, impactando a aceitação do BNPL.
O brasileiro, habituado ao “carnezinho”, adapta-se ao BNPL, que combina pagamento com crédito. Algumas fintechs estrangeiras saíram do mercado, enquanto bancos digitais adotam o novo serviço.
Um estudo da Gmattos indica que o BNPL atingiu 50,8% de aceitação no comércio on-line, tornando-se o terceiro meio de pagamento mais popular, atrás do cartão de crédito e do Pix.
O crescimento de mais de 10 pontos percentuais em um ano reflete o interesse das lojas em diversificar formas de pagamento. A análise aponta que 30,0% da oferta é feita por lojas, 26,7% por bancos e 50,0% por fintechs.
Nubank se destaca no BNPL, com sua plataforma NuPay, aceito em 66,7% dos e-commerces que oferecem BNPL. O banco já tem parcerias com mais de 170 marcas.
A PagaLeve, fundada em 2021, conta com 3 milhões de usuários e taxa de aprovações de crédito entre 50% e 80%. Com a baixa inadimplência de 2%, cresce o uso do BNPL entre diferentes perfis de clientes.
O banco Inter também lançou seu BNPL, que já representa 7% dos pagamentos em seu marketplace. O modelo gera menor inadimplência e ajuda na gestão financeira dos clientes.
A fintech colombiana Addi saiu do Brasil em 2023, enquanto a sueca Klarna busca levantar US$ 1 bilhão em IPO nos EUA, destacando o potencial crescente do BNPL globalmente.