Crédito consignado CLT: governo fará migração automática para novo modelo. Entenda

Governo Lula inicia a migração automática de cerca de quatro milhões de empréstimos consignados antigos para a nova plataforma "Crédito do Trabalhador".

O processo, definido entre Dataprev e o Ministério do Trabalho, começa em 21 de agosto e deve ser concluído em novembro.

O objetivo é facilitar o acesso ao novo sistema, que elimina a necessidade de convênio entre a empresa e o banco. Agora, o trabalhador pode usar um aplicativo e escolher a melhor oferta.

O ministério recebeu queixas sobre a renegociação de empréstimos antigos e as dificuldades com os bancos. Desde março, as renegociações só podem ser feitas pela nova plataforma.

O técnico do governo explicou que a migração automática resolverá esse problema, já que o novo modelo foca em conveniência e maior acesso aos trabalhadores.

Um Comitê Gestor do Crédito do Trabalhador será criado até o fim do mês, composto por representantes dos ministérios envolvidos. O comitê definirá o teto de juros e penalidades para cobranças abusivas.

Em quase cinco meses, o Crédito do Trabalhador movimentou R$ 27,5 bilhões, beneficiando 3,878 milhões de trabalhadores, com uma taxa média de 3,58% ao mês.

O secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador afirmou que o crédito do trabalhador é a opção mais vantajosa do mercado. No entanto, o desafio é baixar as taxas de juros.

Levantamento indicou que bancos cobram juros mais altos para quem tem renda menor e menos tempo no emprego. As taxas variam de 4,17% para renda de até dois salários mínimos, até 3,16% para acima de oito salários mínimos.

As instituições que mais emprestaram incluem Facta Financeira, Parati CFI, Banco do Brasil e Banco Itaú, enquanto Caixa Econômica Federal, Santander e Bradesco estão em posições inferiores no ranking.