Crédito consignado para CLT: o que se sabe até agora sobre a medida do governo Lula
Governo lança MP para criar crédito consignado em folha para trabalhadores do setor privado. A nova medida visa facilitar o acesso ao crédito com taxas mais baixas em um cenário econômico desafiador.
Governo Lula lança MP para crédito consignado, nesta quarta-feira, 12, visando trabalhadores do setor privado com desconto na folha de pagamento.
A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abrange 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada no Brasil.
O empréstimo consignado oferece parcelas descontadas diretamente do salário, aumentando a segurança para os bancos.
A medida é uma ação do governo em um cenário de queda de popularidade e desaceleração econômica. Recentemente, o saldo do FGTS foi liberado para trabalhadores demitidos.
Economistas acreditam que as mudanças podem ser benéficas em tempos de juros altos, mas alertam que a expansão do crédito pode aquecer a economia, afetando o controle da inflação pelo Banco Central.
A contratação do empréstimo será feita em uma plataforma ou app da Carteira de Trabalho Digital, com taxas mais baixas, vinculada ao sistema eSocial.
- Primeira fase: empréstimos apenas via aplicativo, para novos créditos.
- Segunda fase (final de abril): contratações pelo app dos bancos e "troca" de dívidas por consignado.
- Etapas finais: portabilidade do crédito e implementação de garantias.
As taxas de crédito pessoal variaram de 13,98% a 948,97% ao ano, enquanto o consignado foi entre 21,34% e 128,35%. A máxima para aposentados do INSS é de 1,80% ao mês.
A expectativa é criar uma carteira de crédito de R$ 120 bilhões com a nova medida.
Atualmente, o crédito consignado para CLTs é restrito, diferentemente de servidores públicos e aposentados, que têm maior acesso.