Crédito dos EUA é rebaixado pela Moody’s enquanto Trump promove cortes pesados de impostos
Rebaixamento da Moody’s reflete a crescente preocupação com a dívida dos EUA e a incapacidade de limitar déficits fiscais. A situação política instável pode amplificar os desafios financeiros enfrentados pelo país nos próximos anos.
Rebaixamento da classificação de crédito dos EUA
Em 16 de dezembro, a Moody’s rebaixou a classificação de crédito dos Estados Unidos, indicando uma deterioração da perspectiva fiscal.
A decisão se deu devido ao aumento da dívida do país, que supera US$ 36 trilhões, e pela possibilidade de um pacote de cortes de impostos propostos pelos republicanos, que podem agravar a situação fiscal.
Com esse rebaixamento, todas as três principais agências de classificação negam a melhor nota, AAA, aos EUA. Anteriormente, a Fitch e a Standard & Poor’s já haviam rebaixado o país por preocupações semelhantes.
A Moody’s destacou a instabilidade política e a falta de acordo entre os partidos para reduzir déficits fiscais anuais. O relatório mencionou que o sistema financeiro dos EUA permanece estável, mas com amplas incertezas políticas.
Os republicanos, atualmente, enfrentam dificuldades em aprovar um pacote fiscal que inclua cortes de impostos, enquanto já é esperado um déficit de US$ 4 trilhões caso os cortes de Trump de 2017 sejam renovados.
A resposta da Casa Branca ao rebaixamento não foi imediata. Apesar das classificações mais baixas, a dívida do governo americano continuará atraindo investidores devido ao status do dólar como moeda de reserva global.