Crédito extraordinário para o INSS não está em discussão, diz Haddad
Ministro da Fazenda descarta discussão sobre crédito extraordinário para ressarcir aposentados. Projeto será avaliado somente se recursos recuperados das entidades envolvidas não forem suficientes.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a abertura de um crédito extraordinário no Orçamento de 2025 para ressarcir aposentados e pensionistas com descontos indevidos não está em discussão.
O governo ainda está avaliando o tamanho das retiradas indevidas feitas de segurados do INSS. Haddad destacou que o uso de dinheiro público para reembolsos ocorrerá apenas em último caso, se os recursos recuperados das entidades envolvidas forem insuficientes.
“Ainda não temos uma estimativa do volume de recursos necessários”, disse Haddad. Ele mencionou que já há pedidos de bloqueio de bens das entidades responsáveis.
Os créditos extraordinários não contam para o cumprimento da meta de resultado primário e estão fora do limite de crescimento de gastos. No entanto, eles aumentam a dívida pública do governo.
O Palácio do Planalto reportou que o número de pedidos de reembolso ao INSS chegou a 1.051.238 em dois dias. Até agora, 41 entidades estão envolvidas. Na quarta-feira, cerca de 578 mil aposentados relataram descontos indevidos, com 473 mil registrados hoje.
Haddad também negou planos de elevar o valor do Bolsa Família e a realização de um grande pacote de gastos para melhorar a popularidade do governo. Não há confirmação sobre uma linha especial de crédito para motociclistas proposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os financiamentos com juros mais baixos seriam concedidos pelo Banco do Brasil e Caixa, mas a definição de seu público-alvo ainda está pendente.