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Crenças e emoções afetam decisões financeiras e formam como se lida com investimentos, diz autor de best-seller

Michael Shermer analisa como a aversão à perda influencia decisões financeiras e a maneira como os investidores lidam com suas emoções. Durante o Anbima Summit, ele discute a relação entre razão, emoção e investimento, destacando como as perdas impactam mais intensamente o comportamento dos investidores.

Investidores enfrentam dor das perdas: Michael Shermer, escritor e psicólogo, destaca que as perdas doem duas vezes mais que os ganhos. A aversão à perda afeta a forma como lidamos com o dinheiro no presente e futuro.

Schermer é autor de livros como “O outro lado da moeda” e participa do painel “Cada um é um” no Anbima Summit. Em entrevista ao Valor Investe, ele fala sobre a influência das emoções nas decisões financeiras.

As decisões financeiras são predominantemente emocionais. Shermer afirma que a maioria das escolhas é feita pelo Sistema 1 da cognição (rápido e impulsivo), enquanto o Sistema 2 (lento e racional) é acionado posteriormente.

  • Exemplo: Preferência por uma pasta de dente baseada na embalagem, não em sua composição.
  • As pessoas tendem a decidir com base em valores subjetivos, não em cálculos racionais.

O impacto emocional nas perdas significa que para compensar uma perda, o retorno deve ser o dobro da dor sentida pelo investidor. Isso varia de pessoa para pessoa, dependendo do significado que cada um atribui a suas perdas.

As emoções dificultam o estabelecimento de metas financeiras. Shermer menciona o paternalismo libertário, onde governos descontam valores da folha de pagamento para segurança financeira a longo prazo.

No mercado, muitos investidores ficam “presos” a ativos em queda, esperando recuperação. Este comportamento é comum em várias áreas da vida, como relacionamentos e carreiras.

A percepção de perdas é mais intensa do que os ganhos; eventos negativos chamam mais atenção que progressos graduais. O pânico da perda repentina é um padrão em diversas situações.

Confiança e investimento: Shermer destaca que a confiança é fundamental nas economias modernas. A falta de confiança leva a restrições financeiras e incertezas.

Ele também aborda como crenças pessoais influenciam a forma como lidamos com dinheiro e investimentos, refletindo um legado evolutivo que tende a desvalorizar o sucesso dos outros.

A lição final de Shermer é a importância de alinhar racionalidade e emoções nas decisões financeiras. A razão deve servir aos nossos valores emocionais, pois esses objetivos nascem de dentro.

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