Crescimento dos negócios de renda recorrente deve fortalecer caixa da JHSF, aposta comando
JHSF projeta que negócios de renda recorrente representarão até 75% do Ebitda, com foco em clubes e hotéis. A empresa se destaca na geração de caixa previsível e escalabilidade, enquanto a dívida líquida cresce 35% em um ano.
Segmento de Incorporação Residencial representa 34% do Ebitda ajustado da JHSF no primeiro trimestre e continuará a ser relevante para a empresa.
No entanto, a JHSF aposta nas áreas de renda recorrente para crescimento. A companhia possui shoppings, hotéis, restaurantes, aeroportos, clubes e residências para locação, todos focados no público de alta renda.
Durante teleconferência no dia 15 de outubro, o diretor-presidente Augusto Martins revelou que negócios de renda recorrente devem representar 70% a 75% do Ebitda, considerado um patamar adequado.
Renda recorrente oferece geração de caixa previsível e mais escalável. A incorporação permanece, mas a JHSF se concentra em modelos multiuso que proporcionam um estilo de vida completo.
JHSF não teve lançamentos em incorporação no primeiro trimestre. Até meados deste ano, a empresa contará com três clubes em operação, incluindo o Boa Vista Village Surf Club e novos clubes em São Paulo.
O Ebitda ajustado dos segmentos de clubes e residências para locação cresceu de R$ 18,8 milhões para R$ 45,9 milhões em um ano.
No segmento de hotéis, a JHSF está expandindo com construções em Miami, Londres, Cascais, Sardenha e um novo hotel em Punta del Este.
Sobre a alavancagem, Martins afirmou que o nível de 1,79 vez da dívida líquida sobre o Ebitda ajustado é seguro e saudável, considerando o capex e a distribuição de dividendos de R$ 250 milhões previstas para este ano.
A dívida líquida da JHSF aumentou 35% em um ano, totalizando R$ 1,5 bilhão. Em oito meses, a empresa emitiu R$ 2,2 bilhões em CRIs e obteve mais R$ 770 milhões com reciclagem de ativos.