“Crianças não devem produzir conteúdo para internet”, diz Felca
Felca alerta sobre os riscos da exposição infantil nas redes sociais e a grave questão da sexualização precoce. Sua denúncia gerou mobilização política e o desenvolvimento de propostas legislativas para proteger crianças na internet.
Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, afirmou que crianças não devem produzir conteúdo para internet durante sua participação no programa Altas Horas, da TV Globo, no dia 16.ago.2025.
Esta foi sua 1ª entrevista televisiva após o vídeo “Adultização”, que viralizou e levou à prisão do influenciador Hytalo Santos em São Paulo. Felca disse que o tema é tão grave que "se você não tem sangue de barata, não consegue ficar nisso 30 minutos ao dia".
Ele destacou que perfis de crianças estão sendo usados para promover pornografia infantil.
O vídeo, publicado em 6.ago.2025, acumulou mais de 44 milhões de visualizações e abordou a exposição infantil em redes sociais e a erotização precoce.
Hytalo Santos, que dirigia um programa semelhante ao “Big Brother Brasil” com adolescentes, teve sua conta desativada em 8.ago.2025, dois dias após o vídeo de Felca.
A repercussão gerou apoio de políticos de diversos partidos. A deputada Erika Hilton (Psol-SP) elogiou Felca por sua denúncia à Polícia Federal. Nas semanas seguintes, foram apresentados 17 projetos de lei sobre proteção infantil, envolvendo congressistas de vários partidos.
Em 11.ago.2025, o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar propostas sobre proteção de crianças nas plataformas digitais.
Além disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, propôs um projeto para regular plataformas digitais. Parlamentares também solicitaram uma CPI para investigar pedofilia e erotização infantil.
Felca recebeu convite para uma audiência pública na CCJ do Senado e poderá falar sobre a situação ao lado de representantes das redes sociais.
Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos em 15.ago.2025, com ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa. Segundo o delegado Fernando David de Melo Gonçalves, o casal pretendia fugir do Brasil.
No dia seguinte, o Tribunal de Justiça da Paraíba negou habeas corpus, mantendo a prisão preventiva.