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Crime organizado no Rio não está só nas periferias, diz Dino

Ministro do STF destaca que o crime organizado no Rio ultrapassa as favelas e se infiltra em áreas nobres. Julgamento propõe medidas para reduzir a letalidade nas operações policiais e aumentar a transparência nas ações da polícia.

STF discute crime organizado no Rio de Janeiro

O ministro do STF, Flávio Dino, declarou que o crime organizado no Rio não está restrito às periferias, mas também está presente “no asfalto”. Sua afirmação ocorreu durante o julgamento sobre a letalidade das operações policiais.

Dino destacou que a percepção de que o crime se limita às áreas populares é equivocada. Ele enfatizou que o núcleo do crime organizado envolve tanto financiamento de milícias quanto lavagem de dinheiro.

Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes criticou a presença do crime organizado em órgãos públicos, afirmando ser inadmissível que áreas sejam controladas pelo narcotráfico ou milicianos. Essa corrupção afeta não apenas a polícia, mas outras esferas da administração pública.

Estiveram presentes o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário de segurança pública, Victor César dos Santos.

Na mesma sessão, o STF homologou parcialmente um plano do Estado para reduzir a letalidade nas operações policiais, impondo medidas para garantir a efetividade dessa redução. Dentre as determinações estão:

  • Elaboração de um plano para retomar áreas controladas por organizações criminosas;
  • Monitoramento qualificado dos índices de letalidade;
  • Publicização dos dados sobre mortes em operações policiais, incluindo qual corporação foi responsável.

Essas regras resultaram de um consenso entre os ministros e foram apresentadas pelo presidente da Corte, Roberto Barroso, que ressaltou a importância do monitoramento da efetividade das ações do governo estadual.

A ação conhecida como “ADPF das Favelas”, protocolada pelo PSB em 2019, busca conter violações em operações policiais, alegando uma grave violação de direitos humanos.

O caso está sendo analisado pelo STF desde novembro de 2024, com a participação de autoridades e da família da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.

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