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Criptomoedas: fim da isenção do IR reduz atratividade e mostra descompasso com agenda de inovação, dizem analistas

Mudanças na tributação de criptoativos visam aumentar a arrecadação, mas podem desestimular investimentos e inovações tecnológicas no Brasil. Economistas alertam para o impacto negativo dessas medidas na confiança dos investidores e no ambiente de negócios.

Império fiscal sobre criptoativos: O governo acaba com a isenção do Imposto de Renda para ganhos de capital em operações com criptomoedas, diminuindo a atratividade desse investimento. A mudança está na medida provisória publicada na semana passada, que será válida a partir de 2026, se confirmada.

A nova regra fixa uma alíquota de 17,5% sobre ganhos com criptoativos a partir do próximo ano. Até 2025, lucros de até R$ 35 mil permanecerão isentos.

Criptoativos são bens virtuais protegidos por criptografia, incluindo Bitcoin, tokens e stablecoins. A mudança é vista como um “ambiente hostil” por especialistas, que alertam sobre a fuga de investidores para plataformas internacionais.

Pedro Xavier, CEO da Mannah, criticou a desconexão entre a política fiscal e a inovação tecnológica, especialmente com iniciativas como o Drex (Real Digital).

Marcelo Magalhães Peixoto, da APET, destaca que a medida reconhece criptoativos como ativos financeiros, mas a regulamentação ainda é indefinida. Calil Gedeon, CFO da Monkey, ressalta que a instabilidade gerada por essas mudanças afeta a percepção de risco e desacelera a economia.

Conclusão: Incerteza custa caro, e um planejamento claro é crucial para o crescimento econômico e a estabilidade das contas públicas.

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