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Criptos atraem do pequeno investidor às gigantes do varejo

As criptomoedas estão transformando o mercado financeiro, oferecendo inclusão e novas oportunidades de eficiência para corporações. No entanto, a volatilidade das moedas tradicionais e os desafios regulatórios ainda representam barreiras para sua adoção massiva.

As criptomoedas estão se tornando parte do cotidiano de investidores de diversos tamanhos, permitindo que pessoas sem acesso a serviços bancários tradicionais participem do sistema financeiro global. Igor Carneiro, CEO da Vault Capital, destaca que com um smartphone e internet é possível enviar e receber fundos.

No entanto, a volatilidade das criptomoedas tradicionais representa um desafio, ao contrário das stablecoins, que são lastreadas em ativos. Henrique Garcia Pimenta, sócio do BMA Advogados, observa que as stablecoins são mais atrativas para transações diárias. Ele aponta para a crescente oferta de cartões de débito em criptomoedas.

As instituições financeiras tradicionais, especialmente bancos que dependem de taxas de transferência, podem ver redução em suas receitas, já que o sistema Swift enfrenta concorrência das redes blockchain. Carneiro sugere que empresas de remessas, como Western Union e MoneyGram, precisam se adaptar para manter participação no mercado.

Categorias como Uber, Walmart e Amazon estão considerando o uso de criptomoedas para aumentar eficiência e reduzir custos. A emissão de stablecoins próprias pode transformar a gestão da cadeia de suprimentos e permitir pagamentos mais rápidos.

Entretanto, o ambiente regulatório varia entre países, e a falta de clareza expõe usuários a riscos. Adrian Cernev, professor da FGV EAESP, destaca que o novo Genius Act nos EUA redefiniu as stablecoins como meios de pagamento, diferindo de criptomoedas como o bitcoin, que continuam sendo vistas como especulativas.

Adicionalmente, a volatilidade das criptomoedas tradicionais limita seu uso no comércio, tornando-as menos práticas que stablecoins e CBDCs (moedas digitais de bancos centrais). Carneiro destaca que a digitalização do dinheiro é um caminho sem volta, com crescente interesse por parte de empresas e bancos centrais.

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