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Criptos e futebol: após investir na Juventus, Tether quer ter ‘mais voz’ no clube

A parceria entre a Tether e a Juventus enfrenta desafios significativos e comunicação limitada, levando a empresa de criptomoedas a buscar um assento no conselho do clube. Expertos observam que a falta de diálogo pode impactar futuros investimentos e a trajetória do time italiano.

Tether, empresa de criptomoedas sediada em El Salvador, anunciou em fevereiro a aquisição de 10,7% da Juventus, agora avaliada em cerca de € 128 milhões ($ 149 milhões).

Embora seja o segundo maior acionista, a comunicação com o clube tem sido “muito, muito limitada”, segundo o CEO Paolo Ardoino. Ele pleiteia um aumento de participação por meio de um aumento de capital e busca um assento no conselho.

A Juventus, atualmente na Copa do Mundo de Clubes, propôs uma reunião após a temporada. A família Agnelli, via Exor, controla dois terços do clube e planeja avaliar a posição quanto à Tether após a reunião.

A Tether, que possui um portfólio de ativos de US$ 150 bilhões, enfrenta críticas sobre sua criptomoeda USBT, alegadamente usada em US$ 19,3 bilhões de transações ilícitas em 2023.

A Juventus, que também enfrenta dificuldades financeiras, considera um aumento de até € 15 milhões para financiamento e melhorias, enquanto ainda busca alternativas de capital externo.

A Tether, que recentemente investiu em vários setores além das criptomoedas, acredita que pode ajudar a Juventus a inovar em sua gestão.

“O ecossistema do futebol italiano está muito enraizado na tradição”, disse Ardoino, expressando o desejo de transformar a abordagem do clube em negócios e operação.

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